sábado, 4 de abril de 2009

PORTUGUÊS CONDENADO À MORTE POR TRÁFICO DE DROGA

Cidadão português, 49 anos, etnia chinesa e residente e Macau. Lau Fat Wai foi condenado recentemente à morte por um tribunal de Cantão, capital da província chinesa de Guangdong. Em causa os crimes de tráfico de droga e posse ilegal de arma. Ontem, até à hora do fecho da edição, o Governo português não assumiu nenhuma tomada de posição sobre este caso. O DN contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas não obteve resposta.
A notícia foi conhecida ontem, o último dia de uma visita oficial à China e à Região Administrativa Especial de Macau do Ministro da Justiça. "Portugal não abandona os seus nacionais e em relação àqueles que detenham a nacionalidade portuguesa, manifestaremos sempre através de iniciativas todo o nosso empenho no sentido de evitar a concretização de condenações à morte", disse Alberto Costa em Macau.
Contactado pelo DN o ministro não concretizou o que estaria a ser feito pelo Governo durante o dia de ontem: "É algo que a missão diplomática tem de fazer e tem de estudar o caso", referiu o seu assessor. Ou seja: passou a responsabilidade para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Teresa Nogueira, coordenadora do grupo da China da Amnistia Internacional, aponta o dedo ao governo português. Explica que no mês passado foi aprovada a Lei Básica de Macau que prevê que cidadãos residentes em Macau sejam condenados por crimes em território chinês. E este é um dos efeitos desta nova lei. Maria Teresa Nogueira acusa o Governo de, neste campo, ser negligente. "Ao menos que agora tomem uma posição já que na altura que esta lei foi discutida- Novembro de 2008- não o fizeram".