Um grupo de soldados israelitas, que participou na ofensiva de Janeiro em Gaza, disse hoje pela primeira vez que a estratégia usada nessa operação implicou que muitos abusos tenham sido cometidos contra os civis. A posição é assumida hoje numa campanha lançada por um grupo activista, Breaking the Silence (Quebrar o Silêncio), que junta depoimentos anónimos de militares israelitas.
Nalguns casos, referem, a abordagem israelita infligiu destruição e morte a civis palestinianos numa escala sem justificação e em violação das regras internacionais em palcos de guerra. Outros lembram que os seus comandantes lhes deram ordens para disparar primeiro e preocuparem-se depois, sendo o objectivo o de evitar ao máximo baixas entre soldados israelitas para ganhar o apoio da opinião pública para a ofensiva, mesmo que para isso fosse preciso matar civis palestinianos. 

