quinta-feira, 29 de maio de 2008

FALTA DE LIDERANÇA MUNDIAL É HOJE A MAIOR AMEAÇA

"Injustiça, desigualdade e impunidade." É uma espécie de trilogia que a Amnistia Internacional (AI) utiliza para descrever o estado do mundo em matéria de violação de direitos humanos. A organizaçã, 60 anos depois da adopção da Declaração Universal dos Direitos do Homem, publica hoje um relatório que critica a falta de liderança global que, nos últimos anos, tornou o mundo num lugar mais perigoso.
África é a parte do mundo que resume quase todas as formas de violação de direitos. Desde os conflitos armados, que propiciam mortes arbitrárias, tortura ou o recrutamento de crianças-soldado, às violações contínuas dos direitos à educação, alimentação ou habitação. Apesar do crescimento económico, a corrupção interna remata uma pintura de flagelo social. Para África vai ainda o "troféu" de continente devastado pelo vírus da sida. Com este chegam as subsequentes violações do acesso à saúde. A impunidade dos responsáveis é outro denominador comum do continente mais pobre do mundo. Um ponto positivo, no entanto, é a tendência abolicionista da pena de morte em muitos países.