quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

AI FAZ DURAS CRÍTICAS AO RELATÓRIO SOBRE GUERRA NO LÍBANO

A Amnistia Internacional (AI) criticou hoje duramente o relatório da comissão de investigação israelita sobre a guerra do Líbano em 2006, considerando que negligenciou aspectos cruciais do conflito, como os crimes de guerra.
O «Rrelatório Winograd», designado com o nome do chefe da comissão israelita, Eliahou Winograd, apresenta «graves lacunas», considerou a organização de defesa dos Direitos Humanos em comunicado.
Este relatório «negligenciou um aspecto crucial da guerra: as políticas do governo e as estratégias militares que não fizeram distinção entre a população civil libanesa e os combatentes do Hezbollah, e entre os alvos militares, as infraestruturas e as propriedades civis», lamentou a Anistia.
A comissão de investigação Winograd apontou as falhas do exército israelita e constatou um fracasso no Líbano, apesar de Israel ser a maior potência militar do Médio Oriente. No entanto, mostrou-se mais indulgente com o primeiro-ministro, Ehud Olmert, que escapa assim à ameaça de eleições antecipadas.
A comissão optou por limitar a sua análise às estratégias militares e às decisões políticas «e não fez verdadeiros esforços para investigar as violações da legislação humanitária internacional, principalmente os crimes de guerra cometidos pelas forças israelitas», concluiu Malcolm Smart, director do programa da Amnistia para o Médio Oriente e o norte da África.