quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

CRISE HUMANITÁRIA IMINENTE NA ETIÓPIA

Berhanu Nega, autarca preso após a sua eleição para a câmara de Adis Abeba, Etiópia, em 2005, alertou hoje em Lisboa que o país está em risco de uma crise humanitária «pior que a do Zimbabué»

«Neste momento, quem poderá dizer qual é o melhor ou pior em termos de violações dos Direitos Humanos, a Etiópia ou o Zimbabué?», questionou, no início da sua intervenção na conferência sobre Direitos Humanos e Desenvolvimento promovida pela Amnistia Internacional em Lisboa.

Mortes, prisões arbitrárias, tortura e falta de alimentos «alastram a todas as regiões do país», afirmou, frisando que «a Etiópia está muito longe da democratização» e que «não há oposição livre» numa «sociedade do medo».

Berhanu Nega alertou que «prevê-se uma catástrofe na Etiópia se os abusos não pararem», apelando aos líderes internacionais que dêem mais atenção à situação no seu país, onde já foram mortas centenas de pessoas por se manifestarem.