Mais de 20 cidades portuguesas vão hoje, terça-feira, iluminar os seus edifícios mais simbólicos num protesto contra a pena de morte.
Por todo o mundo, 1307 cidades de 85 países vão acender velas ou luzes como forma de apelar à abolição da pena de morte.
Promovida em Portugal pela Amnistia Internacional, a iniciativa surgiu pela primeira vez em 2002, por ideia da Comunidade de Santo Egídio, de Itália.
Em Tavira, e com a ajuda dos alunos das escolas Dom Manuel I e Dom Paio Peres Correia, será iluminado o monumento da praça da República e, por volta das 11 horas, serão acendidas 95 velas brancas, uma por cada país que já aboliu a pena de morte.
Já Coruche vai iluminar o seu pelourinho com o grupo de teatro amador Conta Cenas a representar quadros baseados em testemunhos e casos verídicos de modo a sensibilizar a população para o tema.
Grândola vai iluminar o seu monumento memorial ao 25 de Abril e, em Palmela, realiza-se uma vigília nocturna na praça Duque de Palmela, à volta do pelourinho, também com 95 velas brancas acesas.
Inúmeras cidades como Aveiro, Cabeceiras de Basto, Câmara de Lobos, Castro Verde, Esposende, Estremoz, Lajes do Pico, Matosinhos, Marvão, Moimenta da Beira, Moita, Montemor-o-Novo, Povoação, Santarém, Vila do Bispo, Vila Nova de Famalicão, Vinhais e Viseu também vão aderir também à iniciativa em nome da vida.
Portugal aboliu a pena de morte na reforma penal de 1867, assumindo, posteriormente, uma posição de vanguarda neste assunto.